sexta-feira, 30 de abril de 2010

Capítulo 14 – Quem faz as regras por aqui?

Nem sempre ser foda é foda. É meus amigos, às vezes é ruim, você não tem ninguém com quem conversar, só existem bundões e mais bundões, vai ver é por isso que eu não gosto de conversar...
Mas hoje posso dizer que me sinto triste nesse lugar vazio. As pessoas são simplesmente almas que vagam por ai e não fazem diferença. Eu já fui preso, já fui pro exército, já matei, já roubei, já casei, tudo de mais horrível eu já fiz, mas não é como agora e se eu fosse você, meu caro leitor, jamais gostaria de estar em uma situação como essa, você se sente o pior homem do mundo...

“COMO ASSIM ACABO A CERVEJA????”
“Desculpe senhor, mas aquele homem levou a última”
“Eu mato o filho da puta!!”

Puta que pariu! Sem cerveja? Você se sente sem dúvida o pior homem do mundo! Um marica filho de uma puta que não bebe!

“Ei seu bundão, passa essa cerveja pra cá ou então vai beber ela com o rabo!”
“Quem você pensa que é? Pensa que é machão só porque tem cicatrizes, tem duas vezes o meu tamanho, é bombado pra caralho e tem três facões no cinto? Desculpe, to a cerveja”

Porra! Só porque o cara tem mais de 18 anos acha que pode beber... Mas não tem nem cinco anos como macho! Só depois de 18 anos como macho que se pode beber, os anos de marica são pra você beber groselha!
Ah! Agora sim, eu só tinha uma garrafa de três litros, mas deu pra molhar a boca. Então, eu comentei ai que já estive no exercito. Vocês não sabiam dessa né? Eu não lembro de ter falado pelo menos...
Então vamos lá, ouvir uma boa história de guerra:


[Maio de 1988]
“Era uma sexta-feira de noite, o jovem Bull Búfalo Head tinha apenas 18 anos, era só um garoto. Quem iria imaginar que o exercito o convocaria? Bull era a criatura mais doce que esse mundo já tinha visto, uma amor de criança, que agora estava se transformando num adulto...”

“Porra mãe! Para de contar essas lorotas dos inferno!”
“Não diga inferno enquanto morar comigo, garoto!”
“Ótimo então, não moraremos mais juntos!”

Que véia chata! Tava na hora já de eu dar um pé na bunda dela e sumir com ela dessa casa! Vou trazer umas gostosas aqui pra casa...

[Rua 26, onde as coisas aconteciam...]

“Hey garota, eu vou te roubar pra mim, porque roubar pra comer não é pecado”
“O quê?”
“Ah, você fala, odeio seu tipo”

Droga, ah! Já sei, vou pra Rua 27, lá ta cheio de riquinha véia, as filhas delas são muito gostosas!

[Comido algumas filhas de velhas ricas depois]

“Hey madame, a xana da tua filha ta parecendo tampinha de caneta Bic”
“Meu Deus! Está azul?”
“Não, toda mordida!”

Bem, já não tem mais nada o que fazer nesse bairro. Pera ai! Olha que supimpa! Um tanque de guerra!

“Hey vocês! Como faço pra pegar um desse?”
“Quantos anos você tem, meu jovem?”
“18”
“E já se alistou para as forças armadas?”
“Não”
“Certo, então vá ao endereço desse folheto, e lá você servirá o exército e poderá pegar um monte desses”
“Há! Maneiro”

[Base militar de Pingapura]

Olha esse lugar! Supertransado! Mas por que será só tem cabeludo? E gente com barba? Ah, foda-se, acho que ali que eu me alisto.

“Eu vim me alistar pra essa bagaça”
“Bagaça? Aqui o senhor vai aprender a se comportar, número 24”
“24? Enfia esse número no rabo! Me da o 666”
“Você ta achando que isso é o que? Jogo do bicho, seu satanista de merda?”
“Pelo que eu to vendo aqui, essa merda ta parecendo um zoológico!”
“O senhor vai sofrer na minha mão, número 24!”
“Vai toma no cú!”
“Nós temos normas aqui, número 24. Todos aqui têm que ser cabeludos, usar barba, usar as roupas que quiserem e só irão para o exercito os que quiserem!”
“24 é número de vezes que eu vou comer sua mãe quando sair daqui! Da esse porrete aqui”
“Você não pod... argh!!!”
“Cala a boca, seu militarzinho de merda, agora eu dou as ordens aqui, seus babacas. De agora em diante eu faço as regras!”

[Desde que Bull Búfalo Head assumiu o poder do exército, com exceção de sua pessoa, todos os outros teriam que ser carecas, não usar barbas, usar roupas verdes e seriam obrigados a ir para o exercito, só para divertir a figura suprema]

[Atualmente]

É! Qualquer dia eu vou fazer uma visita lá no quartel general para ver se ainda cumprem as regras, mas acho que não, que babaca cumpriria essas regras?

domingo, 11 de abril de 2010

Capítulo 13 – CAGEBE (Concentração, Armas, Guerra, Estômagos, Bem Expostos)

Bem, como vocês não devem se lembrar, eu falei que precisava ver uma pessoa, mas isso faz tanto tempo que nem eu lembro que é! Então, eu to na porra de uma situação que ninguém gostaria de estar: Na fila do caixa.
Sem paciência é puta que pariu seus irmãos! Eu to na fila do caixa, mas tem só uma pessoa na minha frente, aquela velha do inferno que compra um sabonete de 5 conto e paga com moeda de um centavo. Não dá mais, tenho que tomar uma atitude, mas dessa vez vou ser discreto.

[2 minutos e 35 segundos depois]

“Bull Búfalo Head, o senhor está preso”
“Preso??? Como assim seu guarda bundão?”
“Desacato também?”
“Desculpe. Senhor guarda bundão”
“Muito engraçado, o senhor rouba moeda de uma velinha, prende a cabeça dela no caixa de um supermercado, rouba o supermercado, rouba o carro da velinha, cruza 5 faróis vermelhos, no último parando na frente de uma ambulância com o filho do presidente em coma, joga o filho do presidente na rua e pede carona ao motorista para o bar mais próximo e acha que não vai ser preso?”
“Droga, eu sabia que passar no farol vermelho me traria problemas...”
“Mas eu tenho boas notícias, senhor Búfalo Head”
“O motorista filho da puta da ambulância que não me levou pro bar vai preso também?”
“Eu diria que é melhor do que isso”
“vai só ele?”
“Não! Não tem nada a ver com ele”
“Então a velha?”
“Silêncio! Concentre-se! Nós não somos uma polícia convencional, senhor Búfalo Head, somos a CAGEBE”
“Porra, eu to na Rússia?”
“Não, aquela é a KGB, nós somos uma polícias contra o governo e estamos numa missão para matar o presidente”
“Que merda de polícia vocês são? Precisam de mim para matar o presidente? Vocês me deixaram indignado! Qualquer um faria isso!”
“Mas senhor Búfalo Head, são todos os presidentes do mundo”
“Foda-se seus guardas de merda, agora eu mando aqui e quero que todos paguem vinte, seus maricas!”
“Sim senhor”
“Seus imbecís, eu não quero vinte flexões, quero vinte conto de cada e... uma cachaça de cada, odeio não dirigir bêbado”

Porra, ser líder é um pé no saco! Ninguém sabe porra nenhuma...
Bem, tinham lá 100 policiais, ganhei vinte conto de cada um, então tenho... É... Ah, 100 cachaças, o dinheiro é o de menos. Vou pra estrada do sul.

[Em um bar, 100 garrafas de cachaça depois]

“E ae pessoal, acho que vocês esqueceram do que faz quando alguém te fala”

“O que esse cara ta falando?”
“Sei lá, ele parece que bebeu umas 100 garrafas de cachaça”
“Que exagero!”

“Hey pessoal, vamos brincar de tapão? Eu bato em todo mundo e o último que pegar a carta perde”

“É... ele bebeu por ai mesmo”

“Hey garçom, me vê umas 100 garrafas de cachaça, odeio dirigir só meio bêbado”

[Em um convento, 200 garrafas de cachaça depois]

Meu Deus! Olha esse lugar, tem homem com colar de cruz, deve ser uma escola de Ozzy’s... Não, pera, eles tão de saia! Haha! Já sei! Eu to na Escócia! Numa escola de Ozzy’s na Escócia! Haha!

[Salão do convento, onde ficam as freiras]

Caralho! Olha esse lugar! Ta cheio de Batman! Que maneiro... Não, não! Eu odeio o Batman!

“Não fuja Batman!”

[758 Freiras esparramadas no chão depois]

“O Casamento começa em uma hora, onde está o Padre?”

Quem é esse filho da puta? O Batman já morreu! Chegou tarde...

“O senhor é o Padre?”
“Sua despedida de solteiro com o Batman já era, chapa”
“Que?”
“Ta, eu sou o padre, cê quer o que?”
“Meu casamento, seu padre, vai começar! Me siga, por favor”

Que marica, ele fala ‘por favor!’ Haha! Legal, agora sou padre, vou poder beber a cachaça roxa

“Pronto amor, aqui esta o Padre”
“Graças a Deus!”

“Cadê a cachaça Roxa??”
“O vinho?”
“Muito engraçado seu bosta”
“Padre?”
“Ta legal, hoje estamos aqui pra unir esses dois, pode beijar a noiva”
“Padre, essa é minha mãe”
“Porra, eu sou o Padre por aqui! Vamos do começo então. Você, Bundão, aceita casar com a dona Gostosa?”
“Aceito”
“Você, gostosa, aceita casar com o bundão só porque ele deve ser rico pra caralho e deve ter um pinto pequeno que não te machuque muito?”
“Então eu os declaro bundão rico e gostosa, pode comer a noiva”
“Aqui não, seu Padre, na frente de todos?”
“Então deixa que eu como”

[15 horas depois]
“Padre, eu queria ir embora com minha esposa”
“Pera ai, ta no final. Enquanto isso vai... se converter, sei lá”

[Alguns instantes depois]

“Eae Doutor”
“Há quanto tempo Bull”
“É né? Então Doutor, acha que ela vai sobreviver?”
“O que aconteceu com ela? Caiu uma bomba no órgão intimo?”
“Não na verdade eu com... É, foi uma bomba, eu sinto muito”
“Certo Bull, obrigado por dá-la assistência, pode ir agora”
“Falou Doutor”

Ser Padre não é tão legal assim, ainda não me deram a cachaça roxa, mas tudo bem, com essas saias eu não preciso usar cueca e fica confortável...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Capítulo 12 – Bull Búfalo Head para presidente

Sacanagem do Joe! Como é que eu ia saber que no campeonato de bebida todo mundo ia beber as bebidas dele sem pagar? Ele não precisava ter falido, filha da putisse da parte dele.

“Com licença senhor, já tem candidato a presidente?”
“Tão dando isso a onde?”
“Muito engraçado senhor! Tome, vote Luiz Inácio da Serra”

Fala sério, eu não voto desde que o Hitler morreu, não aparecem mais bons candidatos. Porra! Olha que slogan de bosta “Vote 65, ajudando a quem precisa”
Eu nunca ganhei um centavo desses filhos da puta! Vou lá onde vai ter esse discurso.

[Algum tempo depois]

“Vote 65, ajude quem precisa!”

É, parece ser aqui mesmo. Ali o tal Luiz da Serra.

“Ei seu porra, sai dessa merda que eu quero falar”
“Seguranças!”

[Algum tempo depois]

“Bem, pra começar eu prometo arranjar seguranças que não apanhem para um cara só. HAHA babacas!
Seguinte, vindo pra cá eu pensei numa campanha muito boa:

-‘Sim, nós podemos’. O caralho que vocês podem alguma coisa. Eu vou ser o presidente, eu vou mandar nessa porra e sim, EU posso.
- Dar dinheiro aos pobres. Concordo. Eu sou pobre pra caralho, então posso me dar o quanto quiser.
- Pra que dinheiro na cueca se num carro forte cabe mais?
-Lei seca é coisa de marica. Quando eu era casado, eu bêbado dirigia mil vezes melhor do que minha mulher normal. É esse o problema? Não. O Problema é que alguma bixinha que bebe cerveja sem álcool resolver criar essa porra, eu descrio!
-Se eu for presidente, vocês podem fazer as merdas que quiserem, eu não vo ta nem ai. Caso você seja preso, fala pros guardas que me conhece e ta tudo de boa.
- e Eu vou mudar as leis agora. O livro de leis não vai mais ser código penal, dica penal, macete penal, cheat penal ou seja lá como chamar essa merda. Eu como um culto presidente, trarei umas leis de um livro que eu li lá na Ásia, um código de leis chamado Camasutra. Vou dar um exemplo de como funciona. Vamos supor que um cara roubou um banco, o que acontece? Come ele! Entenderam? “

Porra, por que quando eu falo ninguém levanta bandeirinha com meu nome ou cartaz comigo fazendo jóia? Sei lá. Já sei! Vou falar com o presidente!

[Algumas horas depois]

“Eae seu presidente”
“Como você entrou aqui?”
“Tem um buraco ali na parede que serve pras pessoas passarem, não sabia?”
“Eu vou chamar o segurança!”
“Não perca seu tempo, eles não virão”
“Meu Deus! O que fez com eles?”
“Nada, eu cortei sua linha telefônica”

Porra! Será que pra ser presidente eu vou ter que ser cagão desse jeito?

“Diga logo o que quer”
“Eu quero ser presidente”
“E eu quero ser o papai Noel”
“Acredite, você não quer! Isso é uma merda!”
“Hã?”
“Cala a boca seu babaca!”
“Calma rapaz! Quer ser presidente certo? As eleições estão próximas”
“Mas eu quero ser agora”
“Me desculpe filho, mas nem tudo é como você quer”
“Ta, então agora eu quero ser assassino de presidentes”
“Vamos entrar em um acordo. Você vai ser presidente por hoje e não se fala mais nisso e você me deixa vivo”
“Certo”

[ Jornais do mundo inteiro informaram que nesse dia, o mundo entrou em crise financeira, todas as teorias de fim de mundo foram reveladas, mais teoria foram inventadas, o cofre publico ficou zerado com a compra de um caminhão com litros e litros de cerveja, Whiskey, Cachaça, elemento X e tudo que há de bom]

Há! Ser presidente foi incrível! Agora eu tenho um caminhão, e já que aquela bebida toda não durou mais que meia hora, eu coloquei o Opala na caçamba com uma porrada de gasolina. Bem, tanque cheio, pé em baixo e não me pega mais. Além de que eu preciso ver uma pessoa...

Capítulo 11 – Missões

Esse pode ser um momento difícil. Eu nunca encarei o destino como encaro agora. Bem, as coisas mudaram para Bull Búfalo Head.
Não sei dizer, mas acho que não sinto medo.
Tudo tem que sair perfeito, antes tenho que conferir se fiz tudo:
- Beber
- Localizar destino
- Beber
- Ajudar velinha a atravessar a rua
- Pedir uma recompensa a velinha
- Ficar insatisfeito com a recompensa e bater na velinha até ela dar mais
- Encher o tanque com o dinheiro ganho
- Não beber a gasolina
- Beber
- Mijar

Parece que está tudo pronto. Hora da missão: Campeonato de bebida.
É meu amigo, campeonato de bebida não é brincadeira. Lá na minha terra eu era chamado de V8.
Vamos ao bar do Joe, faz tempo que não apareço por lá.

[algumas horas depois]

“Bull! Há quanto tempo! Veio pagar a divida?”
“Não me faça ir a outro bar, Joe”
“O que quer então?”
“Vim participar do campeonato de bebida”
“Mas não tem isso aqui”
“Foda-se! Todo mundo presta atenção aqui”

A quem estou querendo enganar? Quem presta atenção falando desse jeito? Vou subir na mesa.
“Ouçam bem seus bundões, eu declaro inaugurado o campeonato de bebida”
“Desce daí, idiota!”

Eu to começando a ficar irritado. Tenho que mostrar quem é que manda. Hmm, deixe-me ver. Yeah, perfeito! Tem um careca bombado gigante de cavanhaque bem ali! Vou quebrar essa cadeira na cabeça dele.

“Hey careca gigante bombado com um cavanhaque”

Há! Em cheio, nem parece mais uma cadeira...

“Agora prestem atenção seu babacas...”
“Ei você. Por que quebrou essa cadeira na minha cabeça?”
“É que eu ia declarar um negócio do campeonato de... Pera ai, você não morre não?”
“POR QUE VOCÊ QUEBROU A CADEIRA NA MINAH CABEÇA?”
“É que tem um cara ali do outro lado que pediu pra eu jogar a cadeira pra ele, mas por azar acertou sua cabeça”
“Eu te mato!”

Ta ai uma frase que se ouve todo dia, mas ninguém consegue fazer isso. Idiotas, no fim eu sempre ganho. Mas olha o tamanho desse cara! Ele tem que abaixar pra enterrar na sexta de basquete!

“Olha aqui Rob Halford gay (mais), essa porra que você toma no café da manha é pra cavalo”
“Ta falando que eu tomo esteróide?”
“Não, to falando que come capim. Claro que é esteróide, imbecil”
“Você me irritou!”

Não sei direito como, mas os 5 segundos seguintes eu estava no ar, voando em direção a uma mesa do outro lado do bar.

“Argh!! Filho da puta!”

Caralho, isso dói pra porra. Pelo menos não tinha copos nessa mesa e como diria Richard Eagle, tem uma tabua nas minhas costas.

“Olha aqui bundão, eu já enfrentei caras piores que você, que tinham mais cabelo na cabeça do que na bunda. Hoje ou estão no hospital ou estão no cemitério. Me diz ai, qual dos dois você prefere?”
“Desculpa senhor assassino, não prefiro nenhum dos dois”
“Agora some daqui, antes que eu mesmo decida!”

Não sei por que, mas no fundo eu sabia que lutar com médicos e coveiros serviria pra alguma coisa, mas isso não importa agora.

“Eu declaro iniciado o campeonato de bebida!”

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Capitulo 10 – Lemmy Fuckin Killer Head

“Segurança! Segurança!”
“Pois não senhor?”
“Esse homem quer me matar!”
“Mas o que o senhor quer que eu faça? Esse homem é o Lemmy”

Puta que pariu! Só tenho duas palavras pra essa situação: Fo Deu! Rápido Bull, o Lemmy esta vindo furioso em sua direção e você deve ter em média 16 segundos pra pensar como fugir com todos os membros e se tiver sorte, com a vida.

“Bem Lemmy, eu sou um grande fã seu eu vim arrependido tentar cosneguir um autografo”

O que um homem não faz para sobreviver...

“Certo, se aproxime então”

E não é que deu certo? Puta sorte! O Lemmy caiu na pior desculpa que eu poderia inventar! Haha que Babaca.

“Valeu Lemmy! Autografa aqui na minha camisa mesmo”
“Tenho uma idéia melhor”
“Qual?”
“Vou autografar no seu fígado seu filho de uma puta!”
“Calma Lemmy, eu acho que podem.. Argh! Argh!!

[Dois minutos depois]

“Seu consultório fica aberto 24 horas é Doutor?”
“Pode se dizer que sim. Você tem um problema grave Bull”
“Eu sei doutor, minha esposa vivia me dizendo que cagar sangue não era normal”
“Você caga sangue?”
“Só quando eu... Não”
“Ah sim, porque eu estava falando do seu fígado”
“Eu não vou mais poder beber?”
“Vai. Ele está funcionando perfeitamente, mas está escrito ‘Lemmy’ nele”
“porra, que maneiro, valeu doutor!”

Tirei a sorte grande, agora eu posso vender meu fígado por uma fortuna! Mas antes eu preciso dormir. Onde eu deixei o carro mesmo? Acho que no estacionamento do Motorhead.

[(Oito minutos depois, no estacionamento do Motorhead)

Ali está ele, limpo e bonito. Pera ai, esse não é meu carro. Cadê a porra do meu carro?

“Rebocado, senhor”
“Como assim rebocado? Traz meu carro aqui agora, ou vai ter que nadar muito bem, pra achar os seus dois braços que eu vou jogar no fundo do mar”
“Haha, ta de brincadeira Bull?”
“Jerry?”
“Isso mesmo!”
“Caralho! Há quanto tempo!”
“Muito tempo! Ali seu carro”
“Valeu. Cara, agente não se via desde os tempos de Poker na cadeia!”
“Verdade”
“Pera ai, você ta me devendo dinheiro filho da puta!”
“Qual é, Bull! Pelos velhos tempos”
“Quero meu dinheiro agora, bundão. Eu lembro que não gostava de você”
“Mas era só vinte e cinco centavos!”
“Foda-se, passa ai”

O cara se finge de meu amigo pra poder não me pagar? Vai nessa, otário! O que é meu é meu e o que não é eu roubo.
Agora eu preciso comer... Com vinte e cinco centavos. Ah, vou comer a moeda.
Como dizia meu velho Tio, o bom de se comer moeda é que depois você caga dinheiro.
Mas chega de enrolar, tenho que cumprir com o que estou destinado a fazer, está na hora.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Capítulo 9 – Lemmy Fuckin Head

Eu como pra caralho. Mas até que aquela comida de natal demora para acabar. Pra você ter noção, faz uns 10 minutos que eu to rodando com uma coxa de frango, peru, pato ou qualquer outra pássaro natalino, na boca.
Isso não quer dizer que a comida esteja ruim, mas... A quem estou tentando enganar? Isso ta horrível! E não consigo tirar essa coxa da minha boca. Deve ter travado em algum dos buracos dos dentes que perdi no show do Motorhead.
Puta que pariu! Aquele dia foi foda! Eu subi no palco e disse pro Lemmy “Hey idiota, você pode ser foda, mas eu sou mais”, daí ele disse “Orgasmatron”, ou alguma coisa assim. Daí eu falei “O que? Ta me chamando de mulher?”. Eu fiquei puto na hora, me chamar de mulher já é foda, ainda mais tendo um Orgasmo pra um tal de Ton. Malditas gírias. Então eu fui dar uma porrada nele e o baterista gritou “seu covarde, luta de igual pra igual”. Bem, o Lemmy era muito pequeno, desdentado e tava segurando um baixo, enquanto eu sou gigante, tinha dois socos ingleses (na mesma mão) e todos os dentes. Então eu falei “Sem problemas”, arranquei um dente e dei uma porrada no Lemmy. Os fãs foram à loucura! Fui dar um mosh* e todos saíram. Eu cai de cara no chão e comecei a levar porrada de todo mundo do show, daí eu pensei “caralho, se eu for lutar de igual pra igual eu to fudido! Quantos desdentados não tem aqui? Eu vou ficar devendo dentes!”, então segui o carinha da água, e fugi. Bem, admito que fui muito inteligente, porque ninguém olha pro carinha da água no show do Motorhead. Se eu tivesse seguido o da cerveja eu tava morto!
*Mosh = Movimento foda do arsenal de um roqueiro, em que ele pula no publico que fica segurando ele com as mãos (óbvio)
Já sei o que eu vou fazer. Vou no show do Motorhead de novo! Daí eu peço desculpas pro Lemmy e roubo o baixo dele. E daí eu já resolvo outro problema também: Gasolina. Eu roubo algum carinha que vende cerveja e encho o tanque. Se da certo eu não sei, mas não custa tentar, afinal, eu vou roubar, não comprar.

[Algum tempo depois]

“Como assim os ingressos estão esgotados?”
“Eles acabaram”
“Eu sei o que é esgotar, sua porca capitalista de merda”
“Mas eu só to trabalhando, senhor”
“Ta, para de chorar e me da um ingresso”
“Mas eles acabaram, senhor”
“Você está me irritando”
“Eu vou chamar o segurança!”
“Por quê? Ele tem ingressos?”
“Segurança!”

[Pouco tempo depois]

“Mas eu só queria um ingresso, doutor”
“Pelo visto queria mesmo ein Bull?! Mas faz tempo que não te vejo por aqui, por onde andou depois do divórcio?”
“Bem, eu bati em emos, roubei eles, roubei minha família, roubei o Eric, ou Fred, sei lá, virei papai Noel, falei com um cara de língua estranha, conheci um segurança e aqui estou”
“Sua vida é bem agitada ein Bull?”
“É porque você não me viu traçando alguém!”
“Seria emocionante ein?!”
“Acha mesmo? Olha só. Enfermeira! Vem aqui”

[Instantes depois]

“Como se sentiu doutor?”
“no Xvideos”
“Eita vida de punheteiro ein doutor? To indo, até”

Até que gosto do doutor, mas gosto mais da enfermeira. Bem o que eu queria mesmo? Claro! Ingressos. Droga, o show começa em duas horas, ninguém vai me vender um ingresso, só entraria se fosse sem um... Hehe, boa idéia.

[Duas horas depois]

“Você por acaso não é o mesmo segurança da bilheteria né?”

Droga! Esqueci que seguranças não falam. Deixe-me ver... Ventilação: muito pequena. Porta dos fundos: Muito longe. Telhado: Muito alto. Cambista: Muito caro. Já sei qual é o caminho mais fácil. Eu espero o carro da banda chegar, seqüestro o baterista, pego suas baquetas e entro junto com a banda! Ninguém vai perceber!

[Tempo do caminho da casa da mãe do Lemmy (que a banda parou para dar um Alô) até o show depois]

“Espera ai Lemmy, antes de entrar eu tenho que dar uma parada pra mijar”
“Vai lá Mikkey*”
* Mikkey Dee é o baterista do Motorhead

Yeah! Eu sabia que ele ia parar pra mijar, sempre fazem isso!

“Hey, você é Mikkey Dee?”
“Sim, sou eu”
“Então, tem uma banda que vai dar um show em... é... Embu-guaçu daqui a algumas horas e tão precisando de um batera cara”
“Eu não preciso, sou do Motorhead”
“Cara, a banda é muito maior!”
“Ah é? Quem são?”
“São... é... os Batuqueiros da Santa Bateria de Whiskey e Gostosas”
“O que? Não conheço... E só toco em banda de Metal”
“É que eu não falei o nome inteiro! É Batuqueiros da Santa Bateria de Whiskey e Gostosas de Metal”
“Gostosas de Metal? To fora cara”
“O Cachê é de 300 mil pratas”
“Onde que fica?”
“Embu-guaçu, procura no Google maps que você acha. Ah, e deixa suas baquetas comigo, lá eles te dão outra de adamantium”
“Adamantium? Achei que esse metal só existia no Wolverine”
“Então, ele é o guitarrista”
“Ata, toma as baquetas e valeu ein!”
“De nada”

Babaca! Acredita em tudo. Todo mundo sabe que Embu-guaçu não existe! Agora vou entrar. Onde que é? Ali! O Cara ta deixando a banda entrar.

“Lemmy: Certo; Phill Campbell*: Certo; Mikkey Dee: Certo... Espera ai, quem é você?”
“Sou o Mickey Mouse”
“O Mickey Mouse?”
“É, baterista do Motorhead”
“Ah, o Mikkey Dee”
“É, isso mesmo”
“Mas você não parece com ele”
“Mas eu tenho as baquetas”
“Certo, pode entrar”

*Phill Campbell é o guitarrista do Motorhead

To dentro. Agora vou falar com o Lemmy no camarim.

“Hey Lemmy”
“Você! O cara que me deu um soco no show de 1989!”
“Bem, eu só... Boa memória ein?”
“Eu te mato desgraçado!”

[Continua]

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Capítulo 8 – Feliz Natal



Até que em fim todos foram embora, eu queria dormir! To na estrada à umas duas semanas e por mais difícil de acreditar, até eu durmo. Bem, noite passada foi com uma garota, mas sejamos francos, eu não dormi.
Enfim achei a solução para meus problemas: Dormir. E tenho um dia inteiro para isso!
BEHH!!
Que merda é essa?
TOC TOC!!
Mas que merda, tem alguém na porta. Quer saber? Bela bosta. Vou dormir.
BEHH!!
Filho a puta! Para! Porra, vou lá ver.

“Fala logo, ta querendo o que?”
“Bull, eu... ai meu Deus! Você ta pelado?”
“Não, minha calça cor de pele tem uma tromba. É claro que eu to pelado”
“Mas você não devia atender a porta assim!”
“Puta que pariu, você fica tocando a merda da campainha pra me falar que eu não devo ficar pelado na minha própria casa?”
“Não, mas os bons modos...”
“Cala a boca! Quem é você”
“Sua mãe Bull. Vim te chamar pra comer...”
“Eu já não te disse que não te comeria?”
“Porra Bull, ouve!”
“Desculpa mãe”
“Então, é natal hoje, eu vim te chamar pra comer peru lá em casa, na ceia hoje”
“Certo, conte comigo”
“Jura?”
“Não”

Há! Esse barulho da porta quebrando o nariz dela é muito divertido. Agora, o que eu ia fazer mesmo? Acho que eu ia comprar alguma coisa. Foda-se, vou no mercado e vejo lá o que eu quero comprar.
Essa rua. Essas pessoas. E não é que eu me lembro do lugar? As pessoas daqui me amavam. Ta vendo aquele cara ali com o colete de lã listrado? Ele tinha um Opala e eu não. Hehe.

“Bull Bufalo Head?”
“A onde? Ele me deve dinheiro!”
“Espere, tenho certeza que é você!”
“Ta bom. Você me pegou, sou eu Eric”
“Eu sou Fred!”
“Tanto faz”
“Você rouba meu carro, não sabe meu nome, me deve no mínimo respeito!”
“O que? Haha! Por que eu devo respeitar um cara que usa suéter listrado?”
“Magoou meus sentimentos!
“Considere meu presente de natal”

Esse cara é uma comédia. Odeio ele falando, mas suas roupas são muito engraçadas. Ali o supermercado, vamos ver quanto eu tenho. Droga, não tenho nada.

“Oh Eric, volta aqui!”
“É Fred!”
“Tanto faz, vem logo”
“O que você quer?”
“Me empresta 100 pratas?”
“100 pratas? Ficou louco?”
“Não me faça tomar de você!”
“Não dou!”

[Alguns milésimos de segundos depois]

“Ei rapaz, sabia que você pode ir preso por isso?”
“Por que ein seu guarda? Vai me prender?”
“Não, era só um nerd. Mas paga 20”
“Eu só tenho uma nota de 100”
“Flexões, idiota!”

[Vinte flexões depois]

“Isso é por tentar me forçar a fazer flexões, guarda idiota. Da próxima fez vai pagar 500!”
“Desculpe senhor Bull”

Guarda folgado! Só porque é natal acha que eu posso ficar pagando flexões. É um babaca mesmo! Agora sim, ao supermercado.
Bem, vejamos, tenho 100 pratas. Preciso beber algo: Jack Daniel’s. 70 pratas. Sobram... É... Acho que 50. Então preciso gastar o resto com algo bem útil. Meu Deus! Que foda! Charutos Cubanos! E o melhor: É por 55 pratas, exatamente o quanto sobrou!
Onde é o caixa? Já sei! Vou seguir as flechas. Vejamos. Acaba aqui. Mas isso não é o caixa. É um papai Noel.

“O que você quer meu filho?”
“Quero uma bicicleta!”
“Hou Hou, que legal!”

Fala sério, trabalhar disso deve ser uma merda. Mas vamos tentar. Vou entrar na fila.

“Você quer o que meu filho?”
“Eu quero uma Harley Davidson”
“Hou Hou, muito bom! Tome essas balinhas”
“Balinhas? Eu peço uma Harley e você me da balinhas? BALINHAS?”
“Bem eu só...”
“Bem eu só é o caralho!”

Pronto. Esse velho levou a porrada de sua vida.

“Você nocauteou o papai Noel!”
“É. Eu sei”
“Agora você vai ter que ser o papai Noel”
“Não vou ser porra de pai de ninguém”

[Pouco tempo depois]

“Papai Noel, eu... Você é o papai Noel?”
“Sou”
“Mas você não parece com ele”
“É porque ele não existe. Próximo!”
“Papai Noel, eu quero um Max Steel”
“Larga a mão de ser Gay moleque, toma isso”
“O que é isso?”
“Um charuto. Você fuma e solta a fumaça”
“Que graça tem nesse brinquedo?”
“Você pode... É... Você fica maneiro!”
“O que é ser maneiro?”
“É você... Vou te dar um exemplo. Menininha, vem aqui. Pronto, ta vendo essa menina, garoto?”
“Estou”
“Então, essa camisa que ela ta rasga fácil olha”
“Você arrancou a camisa dela!”
“Eu sei. Agora presta atenção. Isso que ela ta usando é um sutiã. Atrás tem uma travinha. Solta essa travinha”
“Ta. Senhor papai Noel, eu não to conseguindo”
“Deixa que eu arranco então. Pronto. Agora ela ta sem sutiã. Põem a mão nos peitos dela. Isso garoto. Como se sente?”
“No paraíso”
“Isso é ser maneiro!”
“Obrigado papai Noel!”
“De nada filho. Ei segurança, tem uma menininha aqui sem camisa”

Se bom é um pé no saco! Pelo menos o moleque aprendeu a ser alguém! Vou pra casa agora. Depois que esse Jack acabar e os charutos também, vou passar o natal lá na casa da minha mãe.

[Um Jack Daniel’s e alguns charutos cubanos depois]

BEHH! BEHH! BEHH!

“Bull! Você veio filho!”
“Não me diga! Pensei ter ficado em casa. Cadê o Peru?”
“Sempre engraçadinho! Junte-se a mesa conosco, chegou na hora da oração. Olha que ta aqui pessoal! Já podemos começar. Bull, que fazer a oração?”
“Eu não sei fazer isso!”
“Então hoje você vai aprender. Pode começar”
“Certo então. Obrigado Deus por nos dar esse natal com peru, Jack Daniel’s e charutos cubanos. Agora meus amigos, peço para que fechem os olhos durante 30 segundos e que em um momento apenas seu, pense em seus desejos para o próximo ano”

[30 segundos depois]

“Amem. Onde ta o Bull?”
“Não sei. Onde ta a comida?”

Adeus Pingapura! Agora sou só eu e a estrada de novo! Quem diria que no banco traseiro do Opala cabia tanta comida...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Capítulo 7 - Pingapura

Não é fácil viver na estrada. É uma vida muito complicada meu chapa, sem falar o quanto é difícil. Bem, estou voltando para minha terra, onde diferente de que muitos pensam não é a mesma de minha ex-esposa, eu morava com ela no inferno e minha terra é o paraíso e como todo paraíso, não é fácil de chegar até lá. Se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que todo frentista de posto de gasolina sabe onde fica o lugar que você quer ir. Boas notícias para o cabeça de búfalo: Tem um posto logo em frente.

“Ei rapaz, onde fica Pingapura?”
“Você quis dizer Cingapura?”
“Eu sei o nome da cidade que eu nasci senhor Google”
“Então eu não sei onde fica, me desculpe”
“Mas que merda de frentista é você? Encher o tanque você sabe?”
“Claro que sei”
“Ah vai pro inferno, não é para isso que servem os frentistas!”

Isso sim foi um choque. Não se fazem mais frentistas como antigamente... E eu preciso encher o tanque. Mas existe uma coisa que chama orgulho, meu amigo. Não vou encher o tanque do meu possante em um posto de babacas!

[Quatro horas depois]

Que porcaria de posto é esse que não chega nunca? Deve fazer umas quatro horas que eu to empurrando esse carro! Saiam daqui urubus bastardos! Não adianta... Vou ter que largar o carro. Mas porque diabos eu tinha que beber a gasolina reserva? Chega desse pensamento idiota, não vou largar meu carango.

[42 km depois]

Até que em fim um posto! Um quilômetro a mais eu dava um jeito da arranjar gasolina só pra explodir o carro.

“Ei cara, tem gasolina ai?”
“Desculpe parceiro, só trabalhamos com 100% Álcool”

Espera ai. 100% álcool? Em fim de volta ao lar! Isso só existe em Pingapura!

“Então guarda o carro ai pra mim que vou voltar andando mesmo. O filho prodígio voltou ao lar!”
“Você quis dizer filho pródigo”
“Mas o que o Google faz com as pessoas daqui? Ah foda-se, to indo”

Maldito capitalismo. Isso não importa mais, agora eu só quero voltar para casa, descansar, comer umas batatas fritas do McDonald’s e beber uma Coca Cola.
Eu conheço essa rua. O bar Beber Até Morrer, a Cantina Da Senhora Pinga, Fã club dos Alcoólatras anônimos. Meu Deus, estou em casa! Hey, eu me lembro desse prédio! É aqui que eu moro! Quer dizer, essa é minha casa. Mas que droga, não me lembro o andar, só me lembro que ficava no mesmo andar do Tony Cachaça. Se o porteiro ainda for Manuel, o português, vou ter certeza de que conhece o Tony. Olha lá! É ele sim! Eu não esqueceria essa cara de Bocó nunca.

“Ei Manuel, lembra de mim?”
“Não”
“Sou eu! Bull, o cachaceiro maioral!”
“Não me lembro disso”
“O cara que bateu no teu filho com o extintor de incêndio!”
“Ah sim, esse Bull. O que quer filho?”
“Eu quero saber o andar do Tony Cachaça”
“Ele anda mais ou menos assim”
“Eu não quero saber o jeito que ele anda, imbecil. Quero saber onde fica o apartamento dele”
“Ah sim. No quinto andar”
“Valeu velhote.”
“Ei, você não pode ir subindo assim rapaz!”
“Continua o mesmo palhaço de sempre ein?”
“Mas...”
“Vai se fuder antes que o extintor de incêndio apague seu fogo no rabo”

Porra, eu lembrava que o Manuel era maneirinho, mas não passa de outro bundão idiota. Bem, vamos lá. Quinto andar, número 9. É, do número eu não me esqueço. Foi o máximo de mulheres que eu tracei... De uma vez.
Pronto, aqui estou. Abro a porta, mas não tento acender a luz, a conta não é paga há dois anos. Como eu sei? Tenho esse apartamento há dois anos. Mas tem algo errado. Uma luz lá na cozinha, mas bem fraca. Parece ser de vela. Vou checar.
Ouço algumas risadas. Bem baixas. Alguns sussurros, AH como odeio isso.

“Surpresa!”
“Que diabos vocês estão fazendo aqui?”
“Viemos para comemorar o seu aniversário!”
“Mas quem são vocês?”
“A sua família seu bobinho”
“Bobinho? Que merda de família é essa? E tem mais panacas, meu aniversário foi há três meses!”
“Ficamos te esperando esse tempo todo!”
“Porra, surpreendente. Eu não imaginava que essas velas de bolo durassem tanto”
“Então vamos lá. Parabéns pra você...”
“Parabéns é o caralho. Ninguém vai cantar nada aqui, vão todos embora”

Espera ai, espera ai. O que temos aqui? Puta que pariu que gostosa é aquela ali encostada na parede? Com aquele saiazinha. Cacete, com uma saia desse tamanho da até pra comer ela com roupa. Claro, eu pelado, como sempre.

“Ei garota, quer fazer sexo a noite toda?”
“O que? Essa foi a pior cantada que eu já ouvi!”
“Ah, cala a boca e vem logo antes que eu te estupre”
“Ta, então espera eu passar batom”
“Não vem com essa merda de batom não. Odeio batom no meu pinto. Vamos logo”
“Bull, mas e eu?”

Credo! Olha a baranga que veio falar comigo.

“Desculpa ai não como velhas banguelas”
“Eu sou sua mãe!”
“Muito menos!“

Puta que pariu, eu devo ser adotado com uma mãe baranga dessas. Meu pai não comeria uma dessas nem por caridade. Bem, como o resto do mundo, isso não importa. Tenho que comer uma pessoa e depois agente conversa melhor.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Capítulo 6 – Povo burro

Caramba! Acho que nunca corri tanto na minha vida! O que foi? Não é fácil conseguir dois mil conto! Quando você pagar imposto vai entender. Pelo menos é o que me disseram. Ai eu já não sei, não pago imposto mesmo.
Mas tava na hora já de eu ter um fim de semana gordo! Carango com tanque cheio, alguns maços de cigarro e rosquinhas com Whiskey. Ah, meu prato predileto.

[um fim de semana depois]

Agora é só rodar. Não tenho muita grana, nem rosquinhas e pouca bebida, mas tenho um tanque cheio e dinheiro pra abastecer mais uma vez.
Adoro a vista daqui! Muita fumaça saindo dos carros, das fábricas, dos incêndios... Espera ai. Aquele cara ta pegando fogo? Melhor eu ajudar! Vejamos. Se ele esta pegando fogo, tem um hidrante à aproximadamente 13 metros do local, restarem 30 segundos de vida ao sujeito e eu correr ao hidrante a uma velocidade de 25 km/h eu terei 4,2 segundos para salvá-lo. Ah, que se dane, eu vou embora.

“Socorro, me ajude, por favor!”
“Sai da frente Mané”
“Ajude, por favor!”
“Fala logo, seu fogo da deixando aqui quente pra porra”
“Água! Me de água!”
“Não tenho”
“Passa essa garrafa!”
“Filho da puta! Apaga esse fogo com o Whiskey da tua mãe”
“Whiskey? Ahhh”

Que merda, agora eu vou beber o que? Egoísta do caralho! Odeio gente assim.
Que placa é aquela? ‘Limite de país’, legal, mas em que país eu tava? Sei lá. E não importa também, só importa onde eu estou agora.

“Hey bundão, onde é que eu to?”
"lo que usted quiere, señor?" (o que quer senhor?)
"Senõr? Que porra é essa?"
"No lo entiendo" (eu não entendo)
"Ah, vai se fuder. Como eu falo com o presidente?
"Es un dolor de diente?" (está com dor de dente?)
"É, o presidente"
"Después de la plaza, girar a la derecho" (depois da praça, virando à direita)
“Certo, deixa eu ver se entendi. Depois dela passar, gira-la direito”
“Esto” (Isso)
“Vai se fuder! Não fala nada com nada magrelo de merda”

Povo burro do cacete, nem sabem falar direito! Nem o povo da minha terra é tão burro assim! Falando na minha terra, acho que vou voltar pra lá rever certas pessoas.

domingo, 29 de novembro de 2009

Capítulo 5 – Não necessariamente

Aqui não ta pra mim. Não tenho grana, mas que merda! Talvez seja melhor se eu passar na casa de algum amigo pra me pagar um breja que seja, é melhor que nada. Mas que amigo será que eu tenho? Deixe-me ver... Já sei! O velho Dug, nunca me deixou na mão.

[algumas horas depois]

“Como assim se mudou para não se sabe onde?”
“Desculpe-me senhor, eu apenas comprei a casa”
“Mas que caralho!”
“Olha a boca filho”
“Vai se fuder velho de merda. Espere, que me pagar uma breja?”
“Claro! É sempre bom ajudar ao próximo”
“Não tem como você só me dar o dinheiro e não me acompanhar não?”

Não importa se o velhote gostou de mim ou não, ele me pagou uma breja, gosto 0,1% a mais dele. Mas esse bar aqui é diferente. Nem parece um bar. Por que diabos o velhote me levou em um restaurante de luxo? E depois vem com aquele papo de ajudar o próximo... Que hipócrita da porra!
Bem, pelo menos o saco velho já foi embora e eu ainda to nessa espelunca de luxo. Isso nem é o pior. O pior é ver uns caras que acham que são mulheres, põem o cabelo na frente do olho e choram. Essas franjas são uma merda, o cabelo do meu saco é melhor que essa merda.

“Hey bundão de cabelo liso e cara de gay, me trás outra”

Eu não tenho dinheiro pra outra breja, mas do jeito que o pessoal daqui é marica eles só vão chorar.

“Mais respeito miguxo”
“Miguxo? Que tipo de gay é você?”
“Credo que preconceito”
“Preconceito o caralho. Nem um gay de nível alto fala miguxo”
“Mas eu sou vocalista da banda cover do Nx”
“Eu consigo arrotar o alfabeto. Agora traz a outra breja porra!”
“Respeita o Nx, eles são bons!”
“Bom é uma garrafa de Whisky com vaginas de mulheres mudas, Nx é uma merda”
“Não é não, eles fizeram sucesso!”
“Foda-se! A gravidez da sua mãe foi um sucesso e você é um merda”
“Seu monstro!”

Coitadinho, saiu chorando. Filho da puta! Esqueceu minha breja. Vou ter que ir ao balcão dessa merda buscar outra.

“Ei bundão, me vê outra breja”
“Você que fez o Gi chorar?”

Pouts... Era Gi o nome daquela merda...

“Foi”
“Por quê?”
“Porque eu falei que a gravidez da mãe dele foi um sucesso e ele é uma merda”
“Seu monstro!”
“PUTA QUE PARIU! Vão todos chorar quando eu falar que a gravidez da mãe de todos daqui foi um sucesso e vocês são uns merdas?”

Porra, ta todo mundo chorando. Vai alagar essa merda.

“O que você quer de nós?”
“Vocês merecem uma boa surra para chorarem com motivo. Mas vocês têm alguns trocados?”

[um tempo depois]

Sabe, agora tenho um novo conceito sobre emos. Eu descobri que sempre estive errado sobre eles. Não são gays que choram o tempo todo, eles são gays que choram o tempo todo e te dão muito dinheiro se falar que são uns merdas! Cinco mil pratas xará, da pra viver um bom tempo!

[alguns minutos depois]

“Quanto ficou minha conta ai Joe?”
“Quatro mil novecentos e noventa”
“O QUE? Eu ainda não coloquei gasolina e nem comprei cigarros, caralho Eu, você é um bosta!”
“Desculpa Bull, mas você bebe feito um porco no deserto”
“Certo, ta ai o dinheiro”
“Ta certo?”
“Ta sim, eu vou indo, Adeus Joe”
“Espera ai Bull, ta faltando dois mil aqui!”

Corra, corra, corra, corra, corra para as montanhas, corra por seu fim de semana com gasolina e cigarros!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Capítulo 4 – Madeira!

Bem, tenho alguns problemas. Não tenho mais dinheiro, esse problema vale pelo resto. Sem dinheiro sem bebida, sem gasolina, sem cigarros, sem rapidinhas, sem hotel. Ou seja, vou ter que fazer o que qualquer pessoa normal faria: Roubar.
Ah, qual é Bull? Roubar? Isso é coisa de marica armado! E você não é nenhum dos dois! Vamos! Pense, pense! É tão difícil assim arranjar uma forma de ganhar dinheiro?
“Ei você!”
“Desculpe senhor, estou atrasado para o trabalho”

Malditos bundões sem tempo de me ajudar. E o pior: essa merda de cidade tem um porrada de placas e nenhuma serve! Só placas do tipo “procura-se garçom”; “vagas para manobristas”; “funilaria e pintura, precisa-se de ajudante”; “Sem dinheiro? Sem gasolina? Sem cigarros? Arranje um emprego!”
É. Não vou conseguir dinheiro. Não tem nenhuma solução. O jeito é voltar para qualquer lugar.
“Espere ai, Bull?”

Era só o que me faltava, alguém que me conhece.

“Onde? Ele me deve dinheiro!”
“É você mesmo Bull! Há quanto tempo parceiro!”
“É mesmo. George certo?”
“Eusébio Aragão”
“Foi o que eu disse!”

Puta que pariu, por que todo mundo que eu conheço tem que ter um nome que nem cachorro queria ter?

“Foi bom te ver cara, mas já vou indo, tenho um concurso de lenhador daqui a pouco, vai render uma nota preta”
“Não me diga! Onde é mesmo?”

[Algum tempo depois]

“Sejam bem vindos à última etapa do terceiro encontro de lenhadores. Hoje será a final entre o nosso bicampeão Décio Machado contra Eusébio Aragão. Um momento, Eusébio? Você está diferente”

“É que... Eu... cortei o cabelo”
“Estranho, ele parece maior”
“É assim que eles fazem na... Dinagoslávia”
“A onde?”
“País novo, você não deve conhecer”
“Então tudo bem, em 5 minutos, começaremos os jogos!”

Cara chato do inferno. Eu aqui me passando por alguém que chama Eusébio e ainda tenho que dar satisfações...

“Daremos inicio então a prova! Em duas horas, quem cortar mais arvores, vence! Valendo”

Essa vai ser fácil. Esse velhote não vai bater o maioral dos lenhadores. Vamos lá, Corta, corta, corta cai. Corta, corta, corta, cai. Como será que ta se saindo o fóssil remasterizado? Ah, olha só, ta descansando, é um bundão mesmo. Corta, corta, corta, cai. Corta, corta, corta, cai.

[Duas horas depois]

“Agora parem os dois! Vamos ver os resultados. O Senhor Décio derrubou trinta e cinco árvores. Meus parabéns o novo recorde! Agora vejamos o senhor Eusébio. Meu Deus! É surpreendente! Ele conseguiu derrubar duas árvores! Foi o pior resultado que eu já vi!”
“O QUE? Isso é impossível! Sempre que eu olhava o saco velho ai ele tava sentado! Me passaram a perna!”
“Não meu filho, não foi isso”
“Cala a boca e Décio Machado no teu pinto, idiota”
“Não filho, todas as vezes que você me via sentado eu não estava descansando, e sim amolando meu machado”
“Amola isso então!”
“Senhor Eusébio, você está desclassificado por nudez!”
“Cala a boca antes que alguma arvore vá parar no seu rabo!”

[Algum tempo depois]

“Bull, meu filho, você não sai desse hospital!”
“Desculpe doutor, eu achava que a arvore cabia no rabo desse tagarela medíocre”
“Cuidado com o palavreado no hospital Bull!”
“Desculpe doutor, no rabo desse senhor”
“Ai ai, que seja, mas agora cabe um trem Bull”
“Então eu vou embora antes que ele peide”

Posso ter dado uma lição pra aquele marica, mas eu preciso de dinheiro ainda. Puta que pariu, capitalismo é uma merda! A onde fica Cuba?

domingo, 15 de novembro de 2009

Capítulo 3 – O diário





Enfim livre, agora com meu Opala na mão tudo vai ficar melhor! Yeah! Rock ‘n Roll Baby!
A estrada nunca me pareceu tão livre. È tudo fantástico, e melhor ainda, os bares de beira de estrada são fodas! Bem, eu só tenho vinte mangos, mas da pra alguma coisa. Estaciono o poderoso Opala e entro no bar, peço o cardápio e dou uma olhada nas bebidas.
- Cerveja – R$ 5,00
- Whisky – R$ 12,00
- Rum – R$ 25,00
- Gim – R$27,00

“Essas merdas não tem marca?”
Não pude conter o grito ao ler aquilo, foi o pior cardápio que eu já vi! Além de ser muito caro não tendo marca... Mas sentindo uma leve brisa de vento, viro para traz e vejo uma puta gostosa entrando no bar, com cabelos castanhos e peitos enormes! Meu Deus, ela tem mais peito que um emo viadagem.
“Hey, está quente aqui ou é só você?”
Não me contenho em soltar essas lindas palavras poéticas que aprendi com meu pai.
“O que?”
“Nada não. Qual seu nome?”
“Yzie
“O QUE? QUE NOME DE PUTA JAPONESA!!”

Todos têm seus defeitos...

“O que?”
“Você é surda caralho? Por que toda gostosa é burra que nem uma porta?”
“Richard, Richard!!”

Geralmente essa é o momento que fode. Existem três opções. Ou eu dou uma surra no cara e estupro a gostosa burra, ou eu levo uma surra do cara e sou estuprado por ele, ou eu levo uma surra dela e estupro o cara.

“O que foi Yzie?”
“Richard! Esse cretino ficou me ofendendo”
“Deixe pra lá, não passa de um bêbado”

Credo, que bixinha. Vou ter que incluir essas nas opções, foi inédita. Calma ai, o que é aquilo? O cara derrubou um livro no chão. Deve ser Crepúsculo, pelo jeito que ele foi bixa.
Bem, eu vou até o livro, por curiosidade mesmo e leio sua capa: “Diário De Richard Eagle”.

“O QUE????? QUE GAY!!!!”

O cara tem um diário! Que menininha. Aquela gostosa deve ser irmã dele. Bem, vamos ler essa merda.

“Querido Diário, hoje eu fiquei me culpando porque eu fui fraco. Depois eu fui para um hotel em que eu falei meu nome sem orgulho nenhum. Depois, fui à casa do meu velho amigo Gregório, para tomarmos um chá. Daí ele me deu de presente uma moto para eu andar quando tiver triste. Bem, eu sempre estou triste.”

Fala sério! A única conclusão que eu tiro disso é a seguinte: Ele é irmão da peituda, só pode ser!
Bem, então eu faço algumas correções no diário e vou fora do bar.

“Ei você, isso aqui caiu”
“Ah, obrigado”
“E a propósito, os peitos da sua irmã são de verdade?”
“Vamos embora Yzie”

[Um tempo depois]

“Eu sei que ele é um idiota, mas pelo menos devolveu seu diário não é Richard?”
“É, tem razão vou dar uma lida ver se ele rasgou alguma coisa”

“Querido livrinho Gay, hoje eu fiquei metendo o pau em mim mesmo porque fui gay. Depois fui para um puteiro em que eu fiquei com vergonha de falar meu nome porque eu sou gay. Depois fui à casa do puto do Gregório que me devia dinheiro, então peguei sua moto e fiquei triste, porque sou gay.”

“Que cara é essa Richard? Ele rasgou?”
“Cala a boca e vamos embora sua peituda”

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Capítulo 2 - Encontro Com O Demônio

Aquele hospital era uma merda e eu fui bem grosseiro, mas o doutor não precisava ter falado daquele jeito comigo. Um dia ele vai me ver de novo e eu vou mostrar o que é bom! Bem, onde eu deixei meu opala mesmo? Ah sim, lá no bar do Joe, mas vou pra casa andando.
Silêncio. Tem alguma coisa errada nesse lugar. Cadê as viaturas? As sirenes? O FBI? Vou entrar o mais quieto possível nessa joça.
A porta esta meio empoeirada, acho que ninguém meche nessa fechadura a dias! Rodo-a bem devagar e a porta faz um barulho bem sutil.
“Onde você ficou esse tempo todo seu vagabundo ordinário?”
Meu Deus! Errei de casa e vim pra casa do capeta! Que merda, essa é mesmo minha casa e essa é mesmo minha mulher, Jubiléia Carrasco.
“Eu estava viajando a negócios”
“Você está desempregado seu imprestável!”
Ela podia me xingar menos, mas o que me dói é saber que sou casado com uma mulher que tem mais barba que eu, mas acredite, ela nem sempre foi assim, além de que eu devia estar bêbado desde de o dia em que comecei meu noivado com ela até o dia que me casei.
“Vá tomar um banho que você está cheirando porco! E depois coloque essa roupa que nós vamos ao aniversário do filho dos Harison’s”
“O que? Eu não vou pra merda de aniversário nenhum, nem que você me peça pelada (Não que ela tenha alguma coisa para mostrar). Minha vida é minha e eu tomo as decisões por aqui!”

[um pouco mais tarde]

“Parabéns para o Michael, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!”
“Que o Michael se foda, nessa vida maldita, e com muitos revolveres, que tirem sua vida”
“Falou alguma coisa Bull?”
“Não, nada”

Odeio aniversários! Ainda mais dessas merdas de crianças. Está na hora de eu fazer o que sempre quis fazer. Vou ser livre! As estradas proclamam o meu nome, o dia do acerto de contas chegou.
Vou até a mesa de Jubiléia, dou um leve toque em seu ombro. Ela se vira e eu acerto um cruzado de direita matador na ponta do seu focinho. Ela cai desesperada, eu posso ver isso.
“Está tudo acabado sua vadia”
Os olhos dela ficam vermelhos, parece ser sangue. Não, meu Deus, tenho que parar de beber, aquilo são chifres na cabeça dela?
“Brincadeira amor!”
Ela vai me matar! Eu não sabia que tinha razão quando dizia que ela era o demônio! Tenho que fugir! Cadê meu carro? Onde é a saída? Argh!!

[na manha seguinte]

“Ai minha coluna, o que aconteceu comigo? Por que eu to no chão? Isso é o inferno?”
“Não Bull, você levou uma cadeirada na cabeça”
“Aquela vaca me paga! Quem é você?”
“Jucilei”
“Que nome de bosta, parece o da vadia da minha mulher”
“é que eu sou irmão dela, idiota”

Vejo apenas o punho do cara de nome estranho pra cacete chegando perto da minha cara, então é melhor eu desviar. Argh!

[3 horas depois]

“Eu falei que era pra você ficar aqui Bull”
“Porra doutor, eu não sabia que eu tinha o inferno na minha casa”
“Não Bull, na casa de Jubiléia”
“Como assim?”
“Ela entrou com um processo contra você, tirou tudo que você tem, sorte sua ainda estar com roupas”
“Eu não estou mais casado?”
“Não Bull, sinto muito”
“ESSE É O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA!”
“Aonde você vai Bull?”
“Pega o meu Opala e sumir por ai”

Consegui a liberdade. Saiu tudo como o planejado. Sorte de o meu carro estar no Bar do Joe, a Jubiléia nunca soube que eu ia pra lá. A estrada agora vai sentir meu bafo de cerveja de perto!

domingo, 8 de novembro de 2009

Capítulo 1 - Cartas e Documentos em Grego

“Trocar tudo por um desejo de nada não é uma coisa boa. Melhor seria se eu tivesse pensado assim antes de abandonar tudo o que me disseram ser certo por ódio ao que chamamos de Sistema. Engraçado não é? Todos dizem que não gostam do sistema e que são contra e mais um monte de baboseiras. Bem, eu não gosto e simplesmente o abandonei com a ajuda de um violão, um Mustang 66, alguns trocados e charutos cubanos. Um erro leva o outro no caminho em que tomei. Eu poderia ter me envolvido com o tráfico, assassinatos, estupros e foi isso que eu fiz. Mas não tirem conclusões precipitadas sobre mim, eu não chegaria a esse nível tão baixo, apenas tentei combater esse tipo de coisa, só que em todos os casos eu levei uma surra e descobri que cabeludos barbados já não assustam mais ladrões armados. Isso não acontecia em quadrinhos da Marvel e a propósito, nunca deixe seu filho ler quadrinhos de heróis sem poderes que batem em todo mundo, eles podem virar algo parecido com isso que vos fala.”

Minha mente é um pé no saco! Fica com essas frescuras de tentar me dar lições de moral enquanto eu poderia sentir o vento e o aroma de ratos mortos no caminho para o bar do Joe. Não é um Saloon, muito menos um Pub, mas olha pra mim meu chapa, pareço poder freqüentar sequer um restaurante?

Chego ao Bar, estaciono meu Opala por perto. É isso mesmo que você ouviu. Meu Opala. Se eu mal posso comprar sabão para lavar minhas cuecas também não posso ter um Mustang 66.

Entro na espelunca do Joe, se é que isso chega a ser uma espelunca, e olho em volta (como se eu não viesse aqui todo dia) e vejo marcas de gordura do teto, graxa da mão dos borracheiros nos talheres e sangue no chão. Bem, esse sangue era do velho Bill que derrubou a minha cerveja, mas essa é outra história. Me aproximo do balcão e peço a Joe o de sempre. Ele me diz que acabou e com um tom grave e imponente eu berro “Como acabou a Breja?” é o jeito que meu tio de interior falava cerveja, e não me importa, eu queria um Jack Daniel’s, assim como eu queria uma Harley Davidson, um violão com todas as cordas, uma casa com tetos sem furos, um soco inglês, uma esposa sem bigode e um hotel na Califórnia.

“Desculpa-me Bull, mas acabou”. As palavras calmas do filho da puta me deixaram irritado e digo com todo o ódio do mundo “é melhor me trazer a minha breja Joe! Sabe porque me chamar de Bull Búfalo Head?”

“Não, por quê?”

O desgraçado me pegou. Eu não fazia idéia porque me chamavam assim.

“Cala a boca e traz a breja!”

“As coisas não funcionam assim por aqui Bull e você sabe disso! Ou pede outra coisa ou vai ter que se retirar!”

“e quem vai me tirar daqui?” Ouço sons obscuros como um raio passando pela porta atrás de mim. Eu escuto, analiso, olho e vejo dois moleques magrelos e fedorentos parados olhando pra mim.

“esses dois maricas vão vir me tirar daqui?”

[Um tempo depois]

“Quando eu vou ter minha alta, doutor?”

“Quando os ferimentos cicatrizarem Bull”

Bando de desgraçado! Porra, como é que eu ia saber que eram anões? A sinalização dessa cidade é uma merda!

“Porra doutor, larga a mão de ser bundão e me deixa sair logo dessa merda!”

Diante dos elogios que fiz ao seu consultório o doutor me mandou para o inferno.

“Certo Bull, vá para casa”